As melhores dicas de nostalgia que você lerá nesse ano

Meu nome é Marco Ramponi, também conhecido como Drank (@drankdesign) e sou um ilustrador italiano. Eu sou o tipo de pessoa que tem muitas paixões e tem dificuldade em decidir focar apenas em uma delas. Minha vida funciona em “fases”: por um certo período de tempo fico obcecado por um determinado assunto e simplesmente faço isso. Em certo ponto, porém, outra paixão assume e toma o lugar da anterior, e assim por diante.

Existem, contudo, algumas exceções; das paixões que carrego comigo desde criança e que, por algum motivo particular, nunca me abandonaram. Um deles é, sem dúvida, o desenho.

Quando criança, sempre desenhei em cadernos, paredes, carteiras de escola. Lembro-me das milhares de vezes que os professores retiravam meus desenhos de mim em vez de prestar atenção nas aulas. Eu não fiz nada além disso. Desenhei e, através das ilustrações, imaginei histórias.

É uma paixão que me levou a ser o que sou hoje. É graças à ilustração que depois do ensino médio me aproximei do mundo do Design Gráfico e me matriculei na faculdade de Design de Comunicação da Politécnica de Milão, onde me formei. Hoje sou designer para todos os efeitos, mas não escondo o fato de que gostaria de viver de minhas ilustrações.

MÚSICA, JAPÃO E NOSTALGIA

Com o passar dos anos, percebi que, o que quer que eu fizesse, qualquer que seja a paixão que mudei, havia pelo menos três temas recorrentes que sempre me acompanharam.

Com o passar dos anos, porém, o termo assume múltiplos significados e viaja pelos mundos mais díspares, passando pelas mãos de artistas, poetas, filósofos, psicólogos para finalmente pousar no mundo da publicidade. Falamos de nostalgia da pessoa querida, nostalgia do passado, nostalgia do infinito, nostalgia daquele lugar que você nunca viu e até nostalgia do futuro.

Hoje, no entanto, falamos sobre nostalgia da mídia. Na verdade, a mídia tem o poder de embalar momentos coletivos inteiros e torná-los utilizáveis ​​no futuro. E é algo que encontro hoje, mais do que nunca, tanto na cultura de massa quanto na vida cotidiana.

Quem, como eu, nasceu entre os anos 90 e o início dos anos 2000 não pode deixar de se lembrar de todos os produtos, filhos da globalização e do consumismo, que nos acompanharam na infância. Quer sejam Pokémon, Yu-Gi-Oh ou cards de Magic, Beyblades ou Tamagotchi é indiferente, a veia nostálgica que os acompanha é a mesma para todos.

E faz com que um brasileiro e eu seja que temos culturas diferente, possamos conversar por horas sobre assuntos comuns, enquanto vivemos em extremos opostos do globo.
O segundo é o da música. Indie, rap e trap music, especialmente a onda italiana, se tornaram cada vez mais parte integrante da minha vida, sem que eu percebesse. Ao contrário da nostalgia, foi um processo mais inconsciente e menos racional.

Simplesmente adquiri uma cultura na área que se tornou parte integrante de mim com o tempo.
O terceiro, mais do que um tema, é uma verdadeira obsessão. O do Japão. Da cultura à comida, ao anime e mangá, à arquitetura, à própria linguagem, aprecio cada aspecto do Japão. E a cultura japonesa é a que mais influenciou meu estilo de desenho. Com o passar dos anos, passei muitas horas da minha vida lendo mangá e assistindo anime e fui literalmente absorvido por esse tipo de mundo, que, preste atenção, também tem inúmeros defeitos.

DEFININDO O ESTILO

Somente durante o último ano da universidade comecei realmente a entender a importância dessas questões em minha vida e o quanto senti a necessidade de compartilhá-las externamente. Minha própria tese de graduação consistia em um projeto sobre nostalgia.

Durante aquele ano, comecei a pensar em como poderia converter e canalizar essas necessidades. E a ideia não demorou a surgir: um perfil de ilustração no Instagram que combinava a estética japonesa com elementos nostálgicos da cultura pop do início do milênio, todos temperados com um toque de modernidade: indie e trap music.

No entanto, faltava algo: uma cola que unisse todas as peças, um estilo. Graças ao que aprendi durante meus anos de universidade, a resposta foi muito simples: uma paleta de cores altamente reconhecível, que se destacou particularmente entre todas as outras postagens do Instagram.

Acredito ser de fundamental importância ter um canal online, onde a qualidade da ilustração única, uma combinação de todas as aparências devolva uma imagem coerente e reconhecível. Por isso, busquei uma cor única que funcionasse como marca registrada e que esteja sempre presente, mesmo que em pequena parte, em cada ilustração. É uma cerceta muito brilhante.

A ele anexei uma paleta particularmente vívida, consistindo de cores quentes e brilhantes, incluindo amarelos, laranjas, vermelhos e rosas.

E é isso que o DRANK DESIGN está fazendo agora. É um projeto ainda imaturo, que precisa crescer e se expandir, que teve um longo planejamento, mas que começou há pouco mais de um mês. Apesar disso a determinação e a vontade de partilhar a minha arte são fortes, não sei aonde este projecto me vai levar mas tenho a certeza que vai encontrar o seu próprio caminho.

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