Drone Node: We are already Cyberpunk (Single)

Olá pessoal, meu nome é Pedro Kebbe, tenho 36 anos e sou músico e compositor há cerca de 20 anos e criador e desenvolvedor da Drone Node.

Sou um fã de ficção científica e histórias fantásticas desde que me conheço por gente. Não sei se é porque na época em que cresci este “universo nerd” estava em expansão, já que foi nas décadas de 80 e 90 que tivemos o retorno de Star Trek (The Next Generation), o boom do rpg com o advanced dungeons and dragons e outros sistemas e jogos como Magic, mas só posso dizer que minha infância e adolescência estava rodeada com tudo isso.

Ao mesmo tempo, a música sempre esteve presente. Comecei a me interessar pelo violão aos nove anos de idade e aos 11 anos passo a tocar trombone em uma orquestra de minha cidade que possuía em seu repertório alguns temas de Star Wars e Star Trek, fazendo meu interesse em conhecer e estudar trilhas sonoras aumentar. Recordo-me de passar horas ouvindo as trilhas (em CD ou fita K7) de John Williams, Star Trek, Battlestar Galactica, Blade Runner, entre muitas outras, e ficar analisando as várias formas de retratar sonoramente inúmeros universos, ambientes, situações e histórias. Além disso, as produções de jogos para computadores estavam crescendo e, com isso, as trilhas para games se expandiram e passaram a ser mais sofisticadas, não ficando presas apenas ao midi 8 bits e aos antigos processadores.

Esse fato também exerceu muita influência sobre a forma que eu enxergava a música, pois, nessa época se iniciava novas formas de experimentar e interagir com histórias, narradas cinematograficamente, que criavam uma sensação de imersão totalmente inéditas para mim. Neste sentido, posso citar o Baldur’s Gate II, Star Wars Dark Forces, Warcraft II, The Dig, Star Trek Starfleet Academy (com uma trilha sonora premiada, feita pelo próprio compositor da série The Next Generation). Era uma época mágica. Era um mundo analógico ainda. A era digital estava no seu começo e muitas coisas das quais temos hoje só era possível ou imaginável numa obra de ficção científica.

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O tempo foi passando, meus estudos se ampliaram, eu entrei na universidade de música, passei por orquestras e corais profissionais, trabalhei como músico freelancer em bandas de rock, reggae e projetos eletrônicos, produzi jingles e trilhas para teatro. Estudei inúmeros estilos e linguagens sonoras até chegar no ponto de consolidar minhas composições para o violão, misturando diferentes estilos e criando arranjos para diferentes instrumentos com forte influência do jazz, flamenco, música árabe e brasileira. Mesmo assim, sempre havia algum espaço de tempo e umas folhas de partituras em que eu registrava algumas idéias, alguns temas e desenvolvia alguns arranjos para orquestra. Mas, volto a lembrar, era um mundo analógico, então compor para grandes grupos, com diferentes timbres e instrumentos, era considerado um sonho quase inalcançável. Dificilmente haveria alguma orquestra a minha disposição para realizar ensaios, testes e apresentações e até mercado para isso.

As coisas começaram a mudar quando, no intuito de produzir e gravar meus álbuns, decidi investir em equipamentos e ferramentas, já que os estúdios de música no Brasil eram muito caros. Como consequência desta minha decisão, passei a conhecer melhor os softwares de gravação e criação musical, os VSTs, sintetizadores e BUM: um novo mundo se abriu. Fiquei surpreso com os avanços tecnológicos e, no meio de inúmeros testes, as composições foram saindo naturalmente e os antigos sonhos, os antigos projetos, anotações e temas ganharam espaço para uma nova perspectiva de atuação profissional.

No meio dessas experimentações, aliadas com meus conhecimentos e vivências musicais, comecei a compor músicas totalmente diferentes daquelas que faziam parte do meu repertório principal: possuíam um teor cinematográfico e me remetia aos meus tempos de criança e adolescente, quando ficava horas escutando trilha sonoras e jogando os meus jogos virtuais e de RPG e isso me deixou um pouco perdido por não saber o que fazer com elas. Como iria divulgar tudo isso? Era só um passa tempo? Produziria com o meu nome que há tempos já estava associado à música acústica?

Precisei de um tempo para entender a antítese que havia descoberto em mim mesmo: de um lado um projeto totalmente acústico, orgânico, com palco e outras pessoas tocando simultaneamente; de outro, algo eletrônico, tocado por um ser humano, mas incógnito, como uma Inteligência Artificial que resolveu usar de ferramentas e códigos digitais para se expressar com a liberdade que um ser humano, um corpo orgânico, não teria num palco. Um nódulo pensante. Um Nódulo de Drone. Funcionando como um neurônio que se conecta com outros, gerando diferentes códigos e timbres, resultando em música.

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Foi aí que surgiu a Drone Node. Um projeto musical paralelo, que não carregava meu nome e nem o meu rosto.

Em 2020, com o advento da pandemia do Covid-19, o cenário musical mudou totalmente, dado que as apresentações em palco, aulas e todo o tipo de trabalho que eu exercia “analogicamente” foram interrompidos e sem perspectiva de retorno. Não pensei duas vezes: estava na hora de focar na Drone Node. Comecei a divulgar meus primeiros trabalhos no Instagram, criando, desta maneira, um portfólio para empresas de jogos (virtuais, rpg, boardgames), produtoras de filmes, autores de livros e artistas diversos. Aprendi e continuo aprendendo muito sobre esta nova forma de produzir meu trabalho, desde a busca de parcerias; quanto ao investimento de projetos pessoais relacionados com uma das minhas maiores paixões neste mundo: Ficção-Científica e Histórias Fantásticas.

No atual momento a Drone Node conta com uma série de curtas-musicais, os “shortNODES”, com 6 episódios disponibilizados nas redes; Dois singles lançados nos Streaming de Música inspirados em obras de Sci-Fi (Neuromancer e As Crônicas Marcianas), criações de trilhas para podcasts, futuras colaborações para jogos, curtas metragens e séries animadas. Também, anuncio aqui, em primeira mão, o lançamento de outro Single no dia 1 de julho como retribuição à homenagem que os produtores da série Star Trek DS9 fizeram aos fãs brasileiros ao apresentarem a nave estelar U.S.S. São Paulo no penúltimo episódio desta franquia. Este Single, além de inspirado nas trilhas realizadas pelos compositores da própria série, possui um teor nostálgico no que diz respeito às criações musicais para filmes de Ficção-Científica e Fantasia das décadas de 70, 80 e 90.

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