Entrevista exclusiva do IOYK | BR com o Carlos Reyes – Espanha

ATUALIZADO Dezembro 16, 2020

Benvindo ao IOYK | BR Carlos. É um prazer ter-lo aqui conosco.

Carlos Reyes – Um prazer para mim e muito obrigado por me dar a oportunidade de abordar seu belo país e seu povo maravilhoso, um orgulho para mim.

Seu trabalho parece que o manteve muito ocupado ultimamente. No entanto, como você tornou-se um ator professional?

Carlos Reyes – Bem, nem sempre foi assim e nem sempre é assim. Embora acredite que não posso reclamar, foram muitos anos de esforço, sacrifícios pessoais e profissionais, mas repito. Considero-me afortunado por poder continuar dedicando minha vida a uma profissão que me traz tanto.

Minhas origens na interpretação, em nível profissional, datam de 2008 aproximadamente quando um diretor amigo me chamou para um pequeno papel que se encaixava nele por perfil e habilidades. Minha antiga profissão está relacionada à segurança pública e às forças de segurança do estado, que eu sempre administrei bem com armas, condução de veículos e táticas policiais, e era isso que o personagem exigia.

Desde aquela sessão, tenho encadeado empregos com mais ou menos fortuna, mais alguns meios de comunicação e outros menos e até o momento. Deixei um emprego estável com um bom salário, mudei de cidade e, embora viva com incerteza, como todos os meus colegas, vivo um pouco mais feliz.

O que seria que você desfruta mais sendo ator e o que torna-se dificil dessa profissão?

Carlos Reyes – Começamos com a parte difícil.

Ser ator e fingir viver disso é um desafio tremendamente complicado, no qual vários fatores são evocados, é importante ter uma boa base interpretativa, mas a sorte também toca, às vezes a favor e outras … A tolerância à frustração deve ser enorme, pois a cada 20 castings você ainda recebe três, uma ou nenhuma.

É como se você tivesse 50 entrevistas de emprego e, nas 50, eles disseram que não, e isso se repete mês após mês, ano após ano. Até que um dia, se você tiver sorte e tiver a possibilidade de trabalhar em um projeto que lhe dê visibilidade, algumas portas possam ser abertas, elas não procurarão mais o seu desempenho ou o seu nível de atuação, elas procurarão o seu nome como marca, embora eu ache que Dizer que ainda não é o meu caso.

Como um aspecto positivo, eu poderia completar cinco entrevistas como essa, mas vou destacar a beleza de poder fazer parte de histórias e de poder contar, de fazer parte delas e de viver a vida e as emoções dos personagens que interpreto. O calor do público em um teatro, os companheiros e amigos que você faz ao longo do caminho e, acima de tudo, para poder me dedicar a uma profissão que é definitivamente o que eu amo.

Como você define o limite entre ser ator enquanto trabalha e ser você mesmo na vida pessoal?

Carlos Reyes – Não é difícil para mim deixar um personagem felizmente. Tenho mais trabalho para entrar do que para sair dele. Pelo meu perfil, eles quase sempre me dão papéis fortes, você pode me imaginar levando meus personagens para casa? Consigo deixá-los no set, não tenho grandes problemas para isso, embora alguns tenham um carinho especial e, às vezes, em alguma situação cotidiana, você se pergunte: como esse personagem reagiria a essa situação?

Você gostaria de ter o papel de algum personagem específico?

Carlos Reyes – Não especialmente. Gosto de cada desafio, com cada personagem, embora, como já comentei, meu perfil geralmente me dê papéis difíceis e alguns dramas também apareçam de tempos em tempos.

De que modo você consegue definir o papel de cada personagem?

Carlos Reyes – Considero a parte mais difícil e enriquecedora ao mesmo tempo. Criar um personagem não está agindo como ele, está se tornando ele. Há um trabalho enorme além dos ensaios. Seus medos, seus tiques, seus traumas do passado. Você precisa imaginá-los e incorporá-los de uma maneira muito sutil, mas credível. É um processo fascinante.

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Você atuaria numa cena arriscada ou exigiria que outro ator fosse chamado?

Carlos Reyes – Isso dependeria muito de vários fatores. A ação me fascina e, para mim, eu faria tudo por mim mesmo, sem duplas, mas às vezes não é permitido. É necessário entender que o tempo no cinema é dinheiro e que se um dos atores é prejudicado em uma cena significaria interromper a produção até que ela se recupere e isso não seja computável. Na maioria das vezes, não é que o ator não ouse ou não queira fazê-lo, é que eles não o permitem.

O que você acha sobre a Netflix?

Carlos Reyes – Acredito que o setor audiovisual, como todos os setores, terá que se adaptar às novas tendências. A chegada desse tipo de plataforma, e eu acho que como ator, significou um aumento no trabalho para todo o setor, além de aproximar o cinema e as séries do espectador que normalmente não consumia cinema. Quem quer ir ao cinema ainda pode fazê-lo e espero que nunca se perca, mas se você me perguntar minha opinião, considero positiva a chegada dessas plataformas em geral e a que você menciona em particular.

Você trabalha para filmes, mas também em apresentações teatrais. Além dos aspectos óbvios, por que um é diferente do outro e em que aspectos cada um deles se conecta a você?

Carlos Reyes – O teatro oferece a você a recompensa imediata. Como seres humanos, buscamos recompensas emocionais e, como atores, para o nosso ego. Ser ator e negar um pequeno ponto de egocentrismo é hipócrita do meu ponto de vista, outra coisa é como você administra esse ego, que já depende de cada pessoa.

Os nervos antes de subir ao palco, a energia que é gerada naquele momento com os parceiros. Suba ao palco e aproveite esse momento. Termine o show e receba o calor do público … é algo que não pode ser explicado, é preciso vivê-lo.

O cinema, pelo contrário, é mais frio. Se cometer um erro, freia e começa novamente. É muito mais difícil, você fica com frio, calor, sono, horas de inatividade, horários complicados. As filmagens de um filme podem durar meses e, uma vez terminadas as filmagens, chega o trabalho de pós-produção, que pode levar mais alguns meses. E se você teve sorte, quando o último filme foi lançado, você está imerso em outro projeto.

Dito isto, reconheço estar feliz trabalhando em qualquer um deles.

Embora a maioria dos scripts seja diferente, sempre há algo especial de cada produção. O que você gostaria de sublinhar a modo de destaque sobre seus futuros projetos?

Carlos Reyes – Cada projeto, roteiro, personagem tem algo que torna especial, embora diferente. Eu só espero que as pessoas vivam a história dos meus personagens com a intensidade com que eu respiro.

Você está disponível para trabalhar em outros países?

Carlos Reyes – Eu adoraria. É outra faceta positiva e enriquecedora dessa profissão e eu adoraria trabalhar em outros países.

De que modo a gente pode entrar em contato?

Carlos Reyes – Bem, atualmente, por várias razões, eu finalizei o contrato com meu representante e até conseguir alguém para re-gerenciar minha carreira, tarefa árdua, aliás, eu mesmo a administro. Para qualquer proposta, estou disponível na seção de contato do meu site:

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Carlos Reyes – Eu não gostaria de me despedir sem agradecer novamente ao IOYK pela oportunidade de me apresentar na sociedade brasileira e enviar um abraço gigante, cheio de boas vibrações, aos leitores desta revista fantástica e a toda a sociedade brasileira. À sua disposição sempre.

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