Imagina ter que abandonar a Terra, em busca de outra galáxia, para encontrar um novo planeta habitável e assim salvar a humanidade?
Em Interestelar, o planeta Terra está entrando em colapso, em consequência das ações humanas. Como de costume em filmes do gênero, os avisos de especialistas foram ignorados até que fosse tarde demais.
Os recursos naturais da Terra já foram quase esgotados, os seres humanos já não vivem, apenas sobrevivem, lutando todos os dias contra a fome, pragas que estão acabando com as plantações e catástrofes naturais, como tempestades de areia.
Cooper (Matthew McConaughey), é um ex-piloto espacial que devido à situação, precisou se tornar fazendeiro para conseguir alimentar sua família. Quando encontra uma base da NASA, descobre que estão desenvolvendo pesquisas sobre um buraco negro (ou buraco de minhoca), que poderia levá-los para outra galáxia, em busca de um planeta habitável, pois não existe mais esperança para a Terra.
Assim, o ex-piloto é convidado para liderar uma missão para resgatar cientistas que já tinham explorado o buraco antes, e encontrar um planeta com as mesmas características da Terra, para que pudesse ser habitado.
A direção de Christopher Nolan é o que faz o filme ter tanto sucesso, pois além de ser um grande cineasta, Nolan sabe como conduzir e contar uma história com elementos que envolvem o telespectador, mesmo que o roteiro seja fraco.
A Terra está colapsando e a única solução que encontram é deixá-la, entrar em um buraco de minhoca e buscar outro planeta com as mesmas características. Mas o que garante que o ser humano não vai fazer de novo? A solução será sempre buscar outro planeta para destruir? Não seria mais fácil tentar consertá-la?
O roteiro pecou muito na construção do motivo, e focou muito na parte espacial do filme. O problema não foi bem desenvolvido, e não transmite a seriedade do assunto para os telespectadores.
O público precisa acreditar e sentir que realmente a única solução é deixar a Terra, mas não fica convincente, além de parecer apenas um problema local, e não mundial, o que faz com que toda a missão espacial pareça forçada e drástica demais.
Porém, o filme não é de todo ruim. A parte cientifica é realmente interessante, e até mesmo leigos conseguem entender. As explicações cientificas e toda a pesquisa do buraco de minhoca foram muito bem trabalhadas, deixando tudo bem fiel com a realidade.
Em geral, é um filme bom e que fez sucesso na época de lançamento. Trata de assuntos muito importantes e atuais como mudanças climáticas e negacionismo, algo que devemos nos preocupar hoje em dia. Mas com quase 3 horas de filme, alguns pontos poderiam ser mais aprofundados, deixando-o muito mais fluido e menos arrastado.
Fotografia (copyright): Paramount Pictures Corporation e Warner Bros. Pictures
