Qual a importância dos recifes de corais para os ecossistemas?

Eles são o que as florestas tropicais representam para a flora e fauna. Fundamentais para a vida marinha, os recifes de corais existem há 250 milhões de anos e são encontrados em áreas com águas claras, quentes e rasas.

Há registros deles também em áreas mais profundas dos oceanos em diversos países do mundo. Em curtas linhas, sem os recifes de corais, não há vida. Mas você sabe qual a real importância e quais organismos dependem dele? Neste artigo vamos desvendar a interação desse ecossistema para o mundo e porque eles são tão essenciais não somente para a vida marinha, mas até para a sobrevivência dos seres humanos na terra.

Eles se apresentam nos formatos de franja, atóis e barreira e formam colônias marinhas. Possuem uma forma cilíndrica em formato de saco e tem uma cavidade capaz de ser aberta apenas em uma extremidade, que é a boca. Em uma colônia, cada indivíduo é chamado de pólipo.

Para se ter uma ideia, um recife está coberto por inúmeros pólipos. Eles crescem por cima daqueles que já estão mortos, criando novos. É a natureza apresentando sua própria arte e maneira de se renovar.

Para que servem os corais no oceanos.

Sem muito mistério, saiba que 65% dos peixes dependem dos corais. Isso representa uma em cada quatro espécies dos recifes. Espécies de peixes (mais de 5 mil) e de moluscos (10 mil), além de inúmeras algas vivem e fazem a reprodução ao redor das estruturas dos corais.

Em todo o mundo, os recifes de corais estão presentes em 284.300 quilômetros quadrados, aproximadamente. Existem em mais de cem países. Mais de 90 % desses ecossistemas estão em áreas como o Indo Pacífico, que abrange Sudeste Asiático, Oceano Pacífico, Oceano Índico e mar vermelho. Já menos de 10% são encontrados em regiões do Mar do Caribe e Oceano Atlântico.

Existem tipos de corais que vivem sozinhos, já outros vivem em colônias. O curioso desse universo é que os diferentes tipos formam grandes colônias denominadas recifes. O maior deles encontrado no mundo está situado na Austrália. É a Grande Barreira de Coral.

Para que eles se formem ocorre algo chamado de simbiose, que é uma ligação entre as microalgas e corais. Isso quer dizer que um depende do outro.  As algas vivem dentro dos corais. Já os corais necessitam das algas porque elas realizam a fotossíntese, liberando compostos orgânicos para eles. Essa parceria da natureza, por sua vez, exala produtos, fazendo com que as algas consigam sobreviver e crescer.

Os corais são necessários não somente para os peixes e algas, mas evita a ação das ondas, que podem ser bastante violentas. São também ótimas fontes para pesquisas de fármacos. Você sabia que alguns tipos de remédios provem dos corais? Medicamentos como antibióticos, para pressão arterial e antitumorais são resultado de alguns tipos de corais.

Corais ameaçados pela acidificação da água do mar.

O aquecimento global é uma das maiores razões da acidificação da água do mar. As algas do fitoplâncton, considerada a forma mais abundante de vida vegetal no mundo absorvem os gases de CO2. No processo de fotossíntese as algas tomam o dióxido de carbono e depositam nas partes mais fundas do mar. Nessa dinâmica são produzidos mais de 50% do oxigênio que necessitamos para respirar.

Isso seria ótimo se a água, que antes era alcalina, agora está ácida, matando os corais. O responsável pela mudança na água é o mesmo que usufrui do oxigênio gerado pelos ecossistemas marinhos: o ser humano.

A pesca predatória, poluição marinha, turbidez da água, turismo desordenado e aterramento de corais, como ocorre na China são as demais ameaças a essa importante vida marinha.

Fotografia: Q.U.I

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