ATUALIZADO Dezembro 20, 2020
Postagens na nuvem apontaram para um fenômeno que alguns denominam invasão alienígena, no entanto a gente estáva com procupação.
Os relatórios (alguns incluem imagens) descrevendo o fenômeno chegaram desde muitas cidades ao redor do planeta; a lista inclui: Rondônha – BR, Taquara – BR, Minas do Leão – BR, Viamão – BR, Canela – BR, Colorado – EUA, Montana – EUA, Foxton – NZ, Auckland – NZ, Tasmânia – AU, Hemel Hempsted – Reino Unido , Plymouth – Reino Unido e muitos outros pontos.
Trata-se de luzes brilhantes que foram vistas navegando pelo ceu. Portanto os alienígenas estavam em turnê pela Terra? Em resumo não estavamos sendo visitados por alienígenas, pelo menos não desta vez, ou isso que os astrônomos especializados diz.
Tudo bem então. Mas o que está causando esse fenômeno?
Embora os avistamentos noturnos tenham gerando medo, tudo tem ver com o projeto Starlink. Esse emprendimento já é conhecido há algum tempo entre os entusiastas da tecnologia e fãs de Elon Musk (48), o engenheiro afro-americano.
O que é o Starlink afinal?
Uma nova operadora de serviços de Internet via satélite e de propriedade do Space X. O Starlink também é um novo rival para o OneWeb ISP, o HughesNet ISP e o Viasat ISP.
Sobre o OneWeb
Em 27 de março de 2020, a OneWeb preencheu o famoso capítulo 11 dos Estados Unidos, que é usado para declarar falência. No principio o emprendimento tenha sido lançado para tornar-se outro participante desse mercado de órbita da Terra baixa, mas eles nunca conseguiram bater a meta de lançar a quantidade total de satélites (650) establecido na proposta.
O OneWeb conseguiu apenas ativar um pequeno lote de 74 satélites, mas isso poderia ser uma oportunidade para a Starlink adquirir os dispositivos na tentativa de expandir seu megaprojeto. Certamente não sabemos se esses satélites serão úteis e / ou interessantes para o Space X, mas eles podem e provavelmente acabarão engolindo a infraestrutura da OneWeb como uma medida para reduzir o domínio de outros concorrentes lá fora, no espaço ou no mundo.
Sobre os satélites
Também conhecidos como LEO, esses satélites navegam a uma altitude de cerca de 2000 km (cerca de 1200 milhas) do solo terrestre.
Foco no Strlink
As ambições são grandes e os lucros também, tendo um orçamento total estimado de cerca de 10 bilhões de dólares necessário para estar operacional em sua fase inicial, montando uma infraestrutura de 42.000 satélites LEO que têm uma órbita nominal de 550 km e uma órbita de estacionamento de 380 km, a Starlink parece ser muito séria sobre sua missão de estar no negócio da internet no espaço.
As redes de fibra óptica são uma infraestrutura recentemente adotada e a tecnología é eficiente. Qual sería o ponto de ter a Starlink?
O Fundo de Oportunidade Digital Rural é um programa de incentivo aos emprendimentos privados através da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos.
Quanto capital eles estão oferecendo?
Uma generosa fatia de 20 bilhões de dólares em dinheiro arrecadado através de impostos de renda.
A FCC está honrando uma mudança operacional iniciada sob o governo George Bush e conduzida pela Agência de Segurança Nacional (NSA), que determinou o fim gradual do programa de ônibus espaciais. Naquela época, dizia-se que, por sua vez, os EUA abririam a exploração espacial ao setor privado; essa filosofia também foi seguida pelo governo de Barack Obama e foi muito criticada, mas vemos uma boa lógica por trás do que o governo federal tem projetado. A regra de ouro: o setor público existe apenas para participar quando o setor privado não vê interesse em investir.
Existem cerca de 2.000 satélites em órbita terrestre e o número não mudou muito desde os anos 90, mas o Space X sozinho tem o objetivo de lançar e operar 42.000 no total.
Alguns astrônomos estão reclamando que a empresa está começando a ”encher o céu” com interferência gerada pelo brilho dos satélites e que gera dificuldades nas tarefas que eles desenvolvem. No entanto o Elon Musk afirmou recentemente: “Estamos trabalhando com membros… da comunidade científica e astrônomos… para minimizar o potencial de reflexão dos satélites”.
Nessas imagens geradas por astrônomos do Centro de Astronomia (CITEVA) da Universidade de Antofagasta, no Chile, consegue-se enxergar que a Space X já atingiu uma redução de 55% no brilho com um satélite piloto, portanto a Starlink está trabalhando ativamente no assunto.
O Starlink é rápido de verdade ou é apenas mais um projeto na lista?
Segundo a documentação técnica, a velocidade atual da Internet obtida a partir de conexões de fibra ótica, tem uma taxa média/máxima possível de 10.000 Mbps (1 Gigabit por segundo). A Starlink também iría fornecer velocidades de até 10.000 Mbps (1 Gpbs), resultando em um fluxo ideal de datagramas através da infraestrutura. O resultado sería uma taxa de velocidade na conexção de internet quase igual à que a fibra óptica pode fornecer.
Então, qual é o diferencial?
Um preço mais em conta (inicialmente projetado em 80 dólares) por mês, mas haverá uma cobrança de 100 dólares a 300 dólares pela instalação. Além disso, a fibra óptica não pode ser contratada em cidades remotas ao redor do mundo, portanto a Space X tenta prencher esse espaço vazio.
Para tornar isso possível, eles estão lançando o satélite em lotes de 60 por vez, e o número de LEOS operacionais continuará aumentando a cada lançamento de foguete. Em 11 de abril de 2020, a contagem total era de 360 dos 42.000 planejados no total. A infraestrutura também possui uma seção terrestre planejada, composta por até 1.000.000 de estações para distribuir o serviços aos usuários.
Nossa hipótese é que o usuário final receba um modem e uma antena parabólica a modo de conectar-se com a infraestrutura da Starlink, mas ainda é cedo para saber com certeza de que modo ira funcionar.
Contrariamente à crença popular, o acesso à Internet via satélite da Starlink não será um serviço gratuito. Espera-se que o serviço custe entre 80 e 100 dólares por mês, mais algumas cobranças adicionais a serem anunciadas.
Aqui está o documento original da FCC em que a Space Exploration Holdings (Space X) solicitou autorização para seu projeto.
Fotografia: Martin Jernberg
